
O sonho de ter um filho pode ser interrompido por barreiras burocráticas, principalmente quando os planos de saúde negam tratamentos de infertilidade e cirurgias fetais. Para muitos casais e gestantes que enfrentam essas dificuldades, entender seus direitos e saber como contestar essas negativas é essencial para garantir o acesso a procedimentos médicos fundamentais.
Por que os planos de saúde negam esses tratamentos?
Os planos de saúde utilizam diversas justificativas para negar coberturas, sendo as mais comuns:
- Tratamentos de infertilidade não incluídos no rol da ANS: A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) define quais procedimentos devem ser cobertos pelos planos. Atualmente, os tratamentos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV), não estão obrigatoriamente incluídos.
- Carência contratual: Alguns planos exigem um período mínimo de contribuição antes de liberar procedimentos mais complexos.
- Cirurgias fetais classificadas como experimentais: Algumas operadoras negam cirurgias intrauterinas alegando que são procedimentos de caráter experimental, mesmo quando há comprovação científica e recomendação médica.
- Exclusões contratuais: Algumas operadoras argumentam que o contrato não prevê esses tratamentos, mesmo quando há indicação médica clara.
O que fazer diante da negativa do plano de saúde?
Se o seu plano de saúde negou a cobertura de um tratamento de infertilidade ou de uma cirurgia fetal, existem algumas medidas que podem ser tomadas:
1. Peça a justificativa por escrito
Sempre solicite que a negativa seja formalizada por escrito. O plano de saúde tem a obrigação de informar o motivo da recusa de maneira clara.
2. Consulte o rol de procedimentos da ANS
Para cirurgias fetais, verifique se o procedimento está no rol obrigatório da ANS. Caso esteja, a negativa pode ser contestada. Já para tratamentos de infertilidade, embora a FIV não esteja incluída, alguns exames e tratamentos complementares podem ter cobertura.
3. Solicite um laudo médico detalhado
Peça ao seu médico um relatório detalhado explicando a necessidade do procedimento e os riscos da negativa para sua saúde e a do bebê.
4. Registre uma reclamação na ANS
Se o plano se recusar a cobrir um procedimento que está no rol da ANS, faça uma reclamação no site da agência ou pelo telefone 0800 701 9656.
5. Busque apoio jurídico
Se todas as tentativas administrativas falharem, um advogado especializado pode ingressar com uma ação judicial. Muitos tribunais já decidiram a favor de pacientes, determinando que os planos de saúde cubram tratamentos essenciais.
Direito à Saúde: Você Não Está Sozinho
Negar um tratamento essencial pode colocar em risco a saúde da mãe e do bebê ou impedir que casais realizem o sonho da parentalidade. É fundamental conhecer seus direitos e agir para garantir o acesso aos procedimentos necessários. Caso esteja enfrentando essa dificuldade, busque orientação e lute pelo que é justo!
Se precisar de auxílio, entre em contato com um especialista na área jurídica para garantir seu direito à saúde. 💙✨
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